Protetores de animais resgatam e tratam de cachorros Pit Bulls vítimas de abandono

Mais de 400 cachorros Pit Bull Terrier e sem raça definida (SRD) já foram salvos pela iniciativa da protetora dos animais Sonia Cristina Roque Borges, idealizadora do Projeto Vida, em seus 9 anos de existência. Tudo começou em 2012 quando Sonia perdeu Chuck, seu cachorro da raça Pit Bull, para o câncer. Desde então, ela não parou de se dedicar aos animais  abandonados e de diferentes formas de maus-tratos.

Um dos casos mais recentes do projeto é o do Eros, um cachorro Pit Bull que se encontra para adoção no local. Resgatado em setembro de 2017 em uma comunidade na Brasilândia próximo a um lixão, Eros está em fase de socialização mesmo não sendo agressivo, e será castrado para que esteja apto à adoção. “Ele estava em um estado terrível. Após medicações e um belo banho está em um de nossos abrigos, se alimentando e começando sua nova fase”, aponta Mauricio Odaondo, que entrou como responsável administrativo do projeto em 2017.

Segundo ele, o abrigo se divide em dois locais: um em Arujá, SP, onde estão alocados somente Pit Bulls e cães grandes e/ou agressivos, e outro em Nazaré Paulista, SP. O primeiro abriga 14 Pit Bulls e seis cães com esse outro perfil e o segundo, 82 cães SRD. “Como os Pit Bulls não podem ficar em bandos, como os SRD, o abrigo de Arujá possui baias de alvenaria individuais de 1,5m largura por 4m de comprimento, além de área gramada para passeios e treinos e um lago para exercitar os cães”, aponta. No total, Mauricio revela que são gastos em torno de R$ 20.000 mensais. E para ajudar a manter a estrutura, as pessoas podem contribuir de diversas formas: doação de dinheiro, de medicamentos, de tempo e serviços veterinários, se tornando um voluntário. Hoje são dez pessoas que ajudam como podem, de acordo com a aptidão de cada um.

Para adotar um animal, especialmente um cachorro Pit Bull, as entrevistas e procedimentos do Projeto Vida são rigorosos, tudo para evitar que esse pet volte para a rua ou que sofra novos abusos. “São feitas entrevistas, visitas, e temos algumas exigências como não ter outros animais, não ter crianças pequenas, ter conhecimento sobre raças grandes e receber visitas frequentes dos voluntários no novo lar do cão”, explica Mauricio, que ressalta o comprometimento dos adotantes em devolver o animal ao projeto, caso a experiência não dê certo. “Seja qual for o motivo que leva uma pessoa a querer adotar um cão da raça Pit Bull resgatado por nós, se não preencher os pré-requisitos determinados, não fazemos a adoção”, finaliza.

Veja: www.projetovida.net.br ou Facebook/ projetovidapitbull