Chuvas típicas do mês de março aumentam o risco de leptospirose em pets

Com as chuvas, aumenta o risco de uma doença que sempre preocupa no final do verão brasileiro, a leptospirose, zoonose que pode passar dos bichinhos de estimação ao homem. “Para prevenir, é importante manter a carteira de vacinação dos pets em dia. A imunização é uma forma de proteger também a saúde de todos que convivem com os pets dentro de casa”, alerta a veterinária Karina Mussolino, gerente de clínicas da Petz.

Além da vacina, que deve ser reforçada todos os anos, ou conforme orientação do médico-veterinário, é necessário ter atenção nos passeios, manter a casa dedetizada e uma boa higienização do local onde os pets costumam ficar. “As pessoas devem ter cuidado na hora de passear para evitar que os pets brinquem em água parada, locais de enchente ou tenham contato, principalmente, com lixo e materiais trazidos de transbordo de bueiros”, alerta a veterinária. “Além disso, cães têm instinto caçador e podem ter contato com roedores, principalmente aqueles que vivem em casas.”

Transmissão
A doença infecciosa é causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.
A contaminação ocorre quando o pet tem contato com a urina do rato que fica parada em poças d’água, além de esgotos, bueiros e lama. Mas os cães também podem ser infectados pela urina ou sangue de outros animais que estejam contaminados.

Sintomas, diagnóstico e tratamento
Entre os principais sintomas que indicam a doença estão a insuficiência renal aguda, a gastroenterite hemorrágica, lesões oculares, encefalite e icterícia.
O diagnóstico é feito por meio de exames de urina e de sangue, para constatar a presença da bactéria causadora do mal. Se a doença for confirmada, o pet deverá ser isolado para o tratamento à base de antibióticos.