5 passos da posse responsável de animais

Não adquira um animal só porque o acha fofo, saiba se terá condições de cuidar bem dele antes de levá-lo para casa. Para isso, é importante conhecer os princípios da posse responsável de animais.

Por Alexandre Rossi

Imagem ilustrativa: iStock/anurakpong

Na segunda década do século XXI, estamos diante, literalmente, de uma revolução dos bichos. E aqui não me refiro ao clássico da literatura, mas sim ao fenômeno cada vez mais evidente da proximidade na convivência entre seres humanos e animais, especialmente os de estimação.

O vertiginoso crescimento e o desenvolvimento das cidades e do ritmo de vida tem levado muita gente a estreitar laços de afeto com outras espécies. Além disso, a realidade dos centros urbanos, com residências cada vez menores, verticalizadas, também tem sua influência, já que as pessoas agora vivem muito perto de seus pets, algo raro há algumas décadas, quando era mais comum os animais de estimação viverem fora de casa, sem um convívio tão estreito com o restante da família. 

Apesar da convivência mais próxima com os animais, ainda é rotineiro nos depararmos com tristes notícias sobre gatos e cachorros abandonados e maus-tratos. Isso parece até um paradoxo diante de demonstrações de amor incondicional aos animais que vemos por todos os lados. 

Foto ilustrativa: iStock/ Antonio_Diaz

1. Esteja certo da sua decisão pela adoção de animais

As reflexões sobre adotar animais de estimação se iniciam antes mesmo de ele chegar à nova residência. Antes de tomar essa decisão, é preciso ter em mente que um cão ou gato (pets mais criados no Brasil), vivem em média 12 anos, embora com o avanço da Medicina Veterinária a expectativa de vida possa se estender bastante. Nesse sentido, é preciso refletir junto aos demais membros da família sobre alguns pontos: todos estão dispostos a cuidar do cachorro ou gato e se responsabilizar por um animal durante tanto tempo? É um desejo de todos que compõem o ambiente familiar ter um animal de estimação por perto? Nas épocas de férias e festas de fim de ano, como a família lidará com o pet, tem com quem deixá-lo?

Além disso, caso as respostas para essas questões sejam positivas, é preciso pensar sobre qual animal de estimação é mais indicado para cada tipo de família, se haverá tempo, especialmente no início, para cuidar dele e fazer eventuais treinos necessários para boa adaptação do animal à rotina da casa.

2. Adoção de animais adultos ou filhotes?

Quando a família está decidida, existe sempre uma tendência a escolher um gato ou cachorro filhote. Mas muitas pessoas desconhecem as vantagens de levar para casa um animal adulto, cujas características comportamentais já estejam estabelecidas em razão da maturidade. 

Além disso, um animal filhote demanda mais tempo e dedicação no quesito educação. Muita gente não tem disponibilidade ou paciência para tanto e, muitas vezes, um animal adulto e já com um nível de energia estável pode ser perfeito para determinados tutores.

Foto ilustrativa: iStock/ Voren1


3. Escolhendo a raça do cachorro ou gato 

Cães e gatos de raça têm papel fundamental na história da domesticação de animais. Mesmo assim, não há como negar que o abandono de animais é uma realidade ainda muito presente e cruel. Por esse motivo vemos tantas campanhas de incentivo à adoção de animais e não à compra. Adotar um animal é uma experiência muito bacana e pode te dar um excelente companheiro. Há inúmeras instituições que fazem um trabalho sério de resgate, cuidado e doação de animais abandonados e as histórias com finais felizes circulam por todos os meios de comunicação.

Mas se a família for optar por animais de raça, é muito importante pesquisar criadores sérios e amantes sinceros dos animais. Infelizmente, é muito comum nos depararmos com criadores que buscam lucro e não prezam pelo bem-estar e saúde dos aninais. Portanto, buscar informações e indicações é uma providência necessária e essencial.


4. Conforto e saúde dos animais de estimação 

Os animais são seres sencientes, dotados de emoções e sentem dor, medo, fome, sede, frio e cansaço. Assim, faz parte da posse responsável de animais garantir a eles locais adequados e confortáveis para dormir, ao abrigo de sol e de chuva, se for perto da família, há mais garantia ainda de bem-estar. Da mesma forma, devem ter água fresca e limpa à disposição, assim como alimentação balanceada, acesso ao veterinário e protocolo de vacinas e vermifugação sempre em dia.

5. Adestramento de cães e gatos

Cuidar da educação dos pets também é uma providência que fará toda a diferença para que a convivência entre família e animal seja harmônica. Adestrar significa ensinar uma língua que o animal entenda e, com uma comunicação eficaz, muito pode ser mudado no dia a dia. 


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