As aves de rapina formam um grupo fantástico. Sua vocação para a caça lhes proporciona um exclusivo conjunto de características que as tornam ágeis e eficientes na captura de presas. Com excelentes visão e audição, bico curvo afiado, garras muito fortes e voo poderoso, fazem jus à palavra “rapina”, cuja origem é o latim e significa raptar, remetendo ao ato de pegar e levar consigo.
Mesmo com várias características em comum, as aves de rapina formam grupos bem heterogêneos, resultantes de linhagens evolutivas distintas. São encontradas em praticamente todos os continentes e nos mais variados habitats, desde matas tropicais até montanhas elevadas, distribuídas em mais de 550 espécies.
Águias e gaviões – São aves de rapina que costumam usar as garras para matar suas presas. Nesse grupo existem representantes de pequeno porte, como o gaviãozinho, e de grande porte, como as grandes águias. É o caso do Gavião Real ou Harpia (Harpia harpyja), tido como a ave de rapina mais poderosa do mundo. Com asas de até dois metros de envergadura e garras quase do tamanho das de um urso, caça animais como cachorros do mato, preguiças e macacos, além de outros de menor porte.
Falcões – De porte pequeno a médio, têm bico curto e quase sempre asas pontiagudas, o que permite voos rápidos e a captura de presas velozes. Algumas espécies podem atingir fantásticos 250 a 320 quilômetros por hora. Diferentemente dos gaviões e águias, os falcões preferem caçar principalmente aves em pleno voo e utilizam o bico para matá-las.
Corujas – De hábitos noturnos, sua excelente audição e visão lhes permite caçar em ambientes de pouca ou nenhuma luminosidade. A plumagem especial possibilita voos extremamente silenciosos, o que facilita pegar a caça de surpresa. Uma curiosidade é que as corujas não conseguem movimentar os olhos dentro de sua cavidade ocular, compensando a falta de mobilidade com os movimentos da cabeça que pode girar até 270º.