3 conselhos para quem quer ter um minipig

Dotado de aparência encantadora conferida pela pele rosada e o nariz de tomada, o minipig ou micropig, que não é tão mini assim, pode ser uma ótima opção para aqueles que buscam um animal de estimação companheiro que viva dentro de casa e tem uma quedinha por bichinhos exóticos. Contudo, antes de aumentar a família, descubra quais são os pontos primordiais na criação saudável desse adorável mamífero. Veja abaixo três dicas de manejo desse pet. A reportagem completa você encontra na Cães & Cia 461, de novembro de 2017:
https://goo.gl/PXpsor1.   De olho no casco!
Independentemente do tipo de assoalho em que vive, os suínos podem ter um crescimento exagerado dos cascos – estruturas queratinizadas maciças e compactas, presentes nas patas –, que ocasionam diversos problemas. “O crescimento exagerado do casco sobrecarrega a região do talão (parte detrás do casco, como se fosse o ‘calcanhar’ do pet), levando a um desvio no apoio e, consequentemente, ao aprumo do animal.

Além da alteração no caminhar, o animal pode sentir dor”, explica Izabelle Joanny de Oliveira, médica-veterinária especializada em manejo de suínos, de São Paulo, que indica o casqueamento periódico, feito apenas por um médico-veterinário com conhecimento de anatomia do casco dos suínos. “Os responsáveis podem fazer, mas não é fácil de ser realizado”, orienta a especialista. Para Fabiana Alves Varoni, proprietária do Rancho Belvedere, em Porangaba, SP, animais que são criados em ambientes com pisos mais rústicos, não tão lisos, acabam por fazer o desgaste das unhas de forma natural. “Aqueles que não têm essa vantagem, devem passar pelo casqueamento”, explica a criadora.

Fora o cuidado com o casco, eles precisam de uma atenção especial com a saúde bucal. “A limpeza e o desbastamento das presas devem ser feitos de acordo com a necessidade. Caso não haja um controle, as presas podem crescer em direção ao céu da boca e perfurá-lo, causando dor e infecção”, conta. Tais procedimentos devem ser feitos por veterinários capacitados no manejo da espécie.

2.   Ter o ambiente certo
Assim como cães e gatos, que se adaptam a diferentes locais, o minipig pode ser criado em vários tipos de ambientes. Mas não se engane, mesmo sendo chamado de “mini”, esse suíno pode chegar aos 100 kg, mesmo que o ideal é que alcance o tamanho de um cachorro de porte médio, ou seja, entre 38 a 40 cm de altura, e até 25 kg. Assim, antes de levá-lo para casa, certifique-se de que ele terá espaço suficiente para se desenvolver. “Não é um pet ideal para ser criado em apartamento por conta da necessidade de espaço”, explica Izabelle.

Fora a metragem, o tipo de piso, como já explicado, é outro fator importante para evitar problemas de locomoção nesse animal. “Aqueles com textura mais lisa propiciam escorregões e quedas além de não oferecer a firmeza que o animal necessita para o desenvolvimento de um aprumo (posição de andar) correto”, enfatiza Izabelle, ao recomendar os pisos antiderrapantes.

3.   Proteção nunca é demais
No seu hábitat natural, os porcos tendem a se proteger do sol e do calor cobrindo-se de lama, mas, infelizmente, não é fácil deixar disponível esse artifício dentro de casa. “Para sanar esse problema, pode-se usar protetores solares de uso infantil de fácil absorção para aqueles que permanecem por muito tempo expostos ao sol, pois tendem a ficar queimados”, recomenda Fabiana tanto para animais de coloração rosa ou malhados. A criadora ainda recomenda que depois dos banhos, ou nos dias mais frios, que os tutores passem hidratantes infantis ou óleo de amêndoa para prevenir o ressecamento da pele do animal.

4.   Interação na medida
Por conta da domesticação, o minipig convive muito bem com os humanos e, claro, com outros animais. “Ele tem um temperamento semelhante ao dos felinos. Quando filhote, é muito carinhoso e dependente. Já na idade adulta ficam mais independentes”, fala Izabelle. “Quando a relação já estiver estabelecida, o responsável irá receber pequenos gestos e comportamentos sutis, como emissão de sons ou empurrões do calcanhar com o focinho”, conta a especialista.

Mas a veterinária salienta que, no caso das fêmeas, os donos devem tomar cuidado no período do cio, que ocorre 17 vezes por ano, a cada 21 dias, com duração de 3 dias. “Elas tendem a ficar mais ciumentas com os homens da casa.

Ficam agitadas, mas não apresentam comportamentos agressivos. Tendem a ficar mais inquietas do que o de costume e fazem coisas para chamar a atenção”, relata a veterinária, que indica a castração quando os donos sofrem com o comportamento do animal.

5.   Rotina regrada
Se você não é muito adepto à rotina, talvez, o minipig não seja a melhor opção de pet. Isso porque eles são animais metódicos e precisam de horários fixos para desenvolverem suas atividades, como comer, dormir e acordar. “Esses hábitos devem ser desenvolvidos junto com o cotidiano dos tutores e nunca ao contrário”, enfatiza a veterinária.