Épagneul de Saint-Usuge: raça é salva de extinção por padre caçador

Originário de Bresse Louhannaise, na França, o Épagneul de Saint-Usuge quase desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, em 1945, um caçador, o abade Billard, ouviu falar das excepcionais qualidades da raça e percorreu fazendas da região até que, em 1947, encontrou uma fêmea. Alguns meses depois achou um macho descendente do vencedor de uma exposição de 1936 e obteve uma ninhada. Em 35 anos de criação, ele gerou mais de 250 exemplares e, desde 1947, quase 2.500 mil indivíduos da raça foram registrados pelo Club de l’Épagneul de Saint-Usuge (CESU).Em 2003, a raça foi reconhecida pela Société Centrale Canine. “Atualmente nós trabalhamos para a sua aceitação pela Federação Cinológica Internacional (FCI)”, diz o vice-presidente do CESU, Bernard Desormeaux. “Para tanto precisamos obter oito linhas de sangues independentes”, conta Jean-Claude Dumoulin, delegado regional do clube.
Raça de caça a aves, especialista em galinhola e que aponta a presa para o caçador, o Épagneul de Saint-Usuge é polivalente: exerce também a função de rastrear e recolher o animal abatido tanto em pântanos quanto na água. Também se destaca como cão de companhia, muito dócil e afetuoso, apegado ao dono, gentil e paciente com as crianças, nada agressivo com outros cães e pessoas e fácil de educar.

Hoje o Epagneul de Saint-Usuge está presente na Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Rússia e Suíça. Na França, o preço de um exemplar varia entre 450 e 900 euros. Mais informações sobre a raça em www.epagneuldesaintusuge.org