Redes sociais: uma nova força para a defesa animal

Ficou nacionalmente conhecido o caso do Pinpoo, aquele cãozinho que escapou da caixa de transporte enquanto aguardava embarque num voo de Porto Alegre, RS, e que, depois de virar notícia, foi encontrado e devolvido ao lar.

Tudo começou em 2 de março deste ano, quando Nair Flores, a dona de Pinpoo, recebeu a notícia do sumiço. Descrente da mobilização da transportadora – a Gollog, empresa de cargas da Gol – Nair resolveu apelar para todo e qualquer tipo de auxilio, na tentativa de recuperar aquele mix de Pinscher e Poodle (daí o nome Pinpoo), com apenas 10 meses de idade e acostumado a todo tipo de mordomia.

Passados quatro dias de fuga, depois de ter informado em vão o desaparecimento a alguns sites jornalísticos, Nair encontrou na internet a Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda). Por meio da responsável pela organização, a jornalista Silvana Andrade, de São Paulo, SP, o apelo foi finalmente publicado. Entrou no Facebook, onde a Anda tem mais de 16 mil seguidores; no Twitter (mais de nove mil seguidores) e no Orkut (cerca de cinco mil), além de no site da própria Anda. A partir da repercussão da publicação, internautas criaram a hashtag (palavra-chave para buscas) “devolvaopimpoo”, no Twitter.

A notícia foi replicada diretamente mais de 2.700 vezes, ou seja, por mais de um terço dos seguidores (sem contar o número de “retwettes” para os amigos dos seguidores), o que despertou a atenção da imprensa, já que diversos jornalistas acompanham as divulgações da Anda. Como resultado, o caso Pinpoo e as fotos do cão passaram a ser divulgados pela imprensa.

“A rápida mobilização de tanta gente seria praticamente impossível sem a ajuda das mídias sociais”. Maravilha-se Nair. “Até pessoas que não tem cão ficaram sensibilizadas.”

A empresa Gold e a Infraero, administradora do aeroporto Salgado Filho, local do sumiço de Pinpoo, reforçaram as buscas distribuindo fotografias do cão pela vizinhança, acionando empresas instaladas na região e obtendo o apoio da própria Infraero,  que destacou uma bióloga e uma veterinária para auxiliar na ação. Mais de uma semana depois, um cão começou a ser visto pelo pessoal do Batalhão de Aviação da Brigada Militar nas proximidades da base no Salgado Filho.

O cão demonstrava estar com fome e parecia ser Pinpoo, o qual, naquelas alturas, já se tornara famoso. Mas, arisco, fugia da quem se aproximava dele. Depois de dois dias de tentativas de capturam o sargento Paulo Rivas da Silva conseguiu fazer o cão entrar nas dependências do batalhão, atraindo Pinpoo com uma trilha de pedaços de frango. Bastou fechar a porta e o animal ficou disponível para ser devolvido à dona.

A repercussão do acontecimento foi tamanha ( até na grande imprensa o caso foi parar) que a Gol se reuniu com representantes da Anda e das ONGs Fala Bicho e WSPA(Sociedade Mundial de Proteção Animal) para ouvir sugestões e orientações dessas entidades, bem como dar esclarecimentos sobre os procedimentos adotados pela empresa com relação ao caso e ao embarque de animais em geral. Após o encontro, a WSPA ministrou uma palestra para todos os franqueados da Gollog, compartilhando processos e referencias em transporte de animais.

Clique amigo

A comunicação das ONGs com pessoas interessadas na proteção animal ficou mito mais fácil, rápida e barata com o advento da internet. Num primeiro momento, sites e e-mails revelaram ser excelentes meios para as ONGs dedicadas à proteção animal se comunicarem com o público delas. Posteriormente, o aparecimento das redes sociais abriu a possibilidade dessa comunicação alcançar facilmente a sociedade como um todo.

Cada rede social tem suas particularidade. O Facebook que começou em 2004 e está com 600 milhões de usuários, se destaca por estimular o envolvimento emocional dos usuários. “A divulgação de fotos. vídeos e links associados a textos é muito facilitada, além da manifestação das opiniões pessoais”. explica Joel Barlett diretor de marketing da People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), dos Estados Unidos. Já o Twitter, inaugurado em 2007 e que conta com 200 milhões de usuários no mundo, restringe as postagens apenas a textos que não podem passar dos 140 caracteres.

Essa fórmula se revelou ideal para campanhas feitas à base de alertas ou de links que conduzem a páginas com histórias curiosas e projetos. A ferramenta “hashtag” – palavra-chave para buscas, com o símbolo “#” na frente, e que, normalmente, resume um slogan que condensa um objetivo – unifica as informações da campanha, facilita rastrear o assunto e aparece em vermelho, pondo em evidência o tema.

A formatação voltada para campanhas fica evidente no Twitter também pelo seu potencial para proporcionar multiplicação viral ou seja, facilitar o repasse de uma mensagem recebida ao grupo de seguidores de cada usuário, o que pode resultar em milhões de pessoas atingidas em pouco tempo. O Orkut, fundado em 2004, com mais de 30 milhões de participantes basicamente no Brasil e na índia. é também usado. Trata-se de um espaço de divulgação e discussão ainda importante no Brasil. apesar da maior expansão de outras redes sociais”, relata Silvana.

Celebridades multiplicadoras

Há celebridades com milhões de seguidores nas redes sociais. Toda vez que uma pessoa dessas ‘tweeta’ sobre uma das nossas campanhas ou ‘retweeta uma mensagem ou, ainda, marca a nossa mensagem no Facebook, temos chance de motivar muita gente”, ressalta o diretos da Peta.

Entre os famosos norte-americanos que regularmente divulgam as campanhas da Peta pelas mídias sociais estão a atriz Alicia Silverstone, a atriz e cantora Lea Michele e os comediantes Ellen e Bil Maher. “Em nossa campanha mais recente contra o massacre anual de focas no Canadá, o tweet do bill Maher (mais de 600 mil seguidores) sobre o assunto foi retransmitido mais de 1.200 vezes”, conta Barlett.

No Brasil, famosos como Lúcia Veríssimo (30 mil seguidores no Twitter). Marcelo Médio, (150 mil seguidores) e Dando Gentili (1.8 milhão de seguidores) estão entre os que costumam divulgar as notícias publicadas pela Anda em beneficio dos animais. A colaboração de formadores de opinião nos ajuda a levar uma nova visão sobre os animais a um maior número de pessoas”, diz Silvana.

Comunicação instantânea para grandes audiências

“Com um clique podemos encorajar nossos mais de um milhão e meio de seguidores no Facebook e nossos mais de 180 mil no Twitter”, conta Barlett, da Peta. A entidade se tomou uma grande usuária das redes sociais em campanhas para arregimentar ativistas, obter assinaturas em abaixo-assinados e angariar doações.

É essa organização que está pedindo ao McDonald’s um método mais humanitário no abate de aves, com divulgações feitas no Facebook, MySpace e Twitter de um link para o sita específico da campanha (www.mccruelty.com). “Dois abatedouros dos Estados Unidos já anunciaram publicamente que usarão o método de abate preconizado pela Peta, de atmosfera controlada. ou seja, farão a substituição gradual do oxigênio por uma mistura de gases inertes não-venenosos a fim de gentilmente pôr ‘para dormir'”, informa Barlett.

Foi também a Peta que divulgou links de vídeos criativos contra o uso de peles por meio do Facebook e do Twitter, como o “Save The Seals Rap Video” (visualizável em www.peta.org/tv/videos/viral/900746054001.aspx), que teve dezenas de milhares de acessos e ajudou e divulgar a mensagem de não usar pele de animais.

Outra campanha da Peta pressionou a NASA a suspender experiências com macacos realizadas para simular os efeitos da radiação de Marte nos humanos. Nessa última, entre diversas iniciativas, os ativistas chamaram a atenção para a causa interferindo num painel on-line no qual a NASA, a Pepsico, a AT&T e a Comcast debatiam o tema “serviços ao consumidor”, organizado pelo sita The Real Time Report. Mensagens de protestos foram introduzidas no meio das opiniões dos participantes daquele painel, criando debates paralelos e levando à interrupção do evento. Isso foi possível porque o painel usava a hashtag “#twtrcon”, no Twitter, para captar e mostrar as opiniões do público.

Boladas com cliques

Ajudar a alavancar recursos financeiros para as organizações de bem-estar animal é mais uma contribuição da internet. Uma bolada de 250 mil dólares (cerca de 370 mil reais) foi ganha pela maior organização do setor nos Estados Unidos – a Humane Society of the United States (HSUS). A entidade ganhou um concurso on-line promovido pela Pepsi para escolha da melhor proposta inovadora de caridade entre diversas organizações sem fins lucrativos (Pepsi Refresh Project – www.refresheverything.com/leaderboard).

Apoiada por 11 milhões de americanos, a HSUS conseguiu mais de 70 mil votos. os quais valeram a vitória para a proposta que apresentou: resgatar animais que sofrem de negligência extrema. A também norte-americana Earth Island Institute. que estimula o ativismo em assuntos ambientais, levantou mais de 150 mil dólares em doações por meio de uma campanha divulgada por meio do aplicativo Causes, do Facebook, com o nome “The Cove – Save Japan Dolphins” (“A Enseada – Salve Golfinhos do Japão”).

A campanha divulgou um link para o documentário “The Cove” (“A enseada”), que denuncia a matança de mais de 20 mil golfinhos por ano na enseada de Taiji. no Japão, e que ganhou um Oscar em 2009 como melhor documentário (assista em www.caes-e-cia.tv.br/videos/983/massacre-de-golfinhos-no-japão). Além das doações para acabar com o massacre, a entidade obteve um abaixo-assinado com quase dois milhões de assinaturas (veja em www.causes.com/causes/331088 – para saber mais, visite www.savejapandolphins.org). “Ajudas como essa são muito importantes para que as causas voltadas ao bem-estar animal alcancem sucesso”, comenta o diretor da Peta.

Vapt, vupt

A obtenção de resultados quase imediatos é mais um beneficio importante das campanhas veiculadas nas redes sociais. Ficou bastante conhecido o caso da coleção “Pelemania”, da Arezzo, aqui no Brasil, que, em abril, numa segunda-feira, retirou das lojas todas as peças recém-lançadas com pele de raposa, de ovelha e de coelho.

O recolhimento foi consequência de uma mobilização iniciada poucos dias antes no Twitter, a partir de notícias publicadas pela Anda, e que, rapidamente, repercutiram na imprensa em geral. Diante do acontecido, outras marcas, como a lodice e a Colcci, divulgaram o compromisso de não mais usar peles de animais. Nos Estados Unidos e na Europa, a Peta já tinha obtido o mesmo resultado depois de pressionar, por meio das redes sociais Twitter, Facebook e MySpace, empresas como Zappos e DKNY, que também pararam de usar peles nas suas coleções. “Antes do advento das redes sociais muita gente tinha feito passeatas contra o uso de peles, mas em vão”, ressalta Silvana, da Anda. “A mobilização virtual está revelando enorme eficiência para pressionar e obter resultados”.

A força da imprensa

Chegar à imprensa tradicional (jornais, revistas, rádios e televisões) é um reforço valioso para o sucesso das campanhas online. “Quando os jornalistas veem nos ‘trending topics’ (assuntos mais comentados) do Twitter ou entre os temas mais compartilhados do Facebook algo sobre os maus-tratos aos animais, certamente aquilo vira notícia, aumentando a chance de serem obtidos bons resultados”, comenta Silvana.

Protesto facilitado

Um ponto alto da revolução das redes sociais é atrair pessoas para as causas independentemente de terem disposição para comparecer a protestos nas mas ou serem ativistas. “Ambas as mobilizações – a virtual e a presencial – são importantes para a realidade dos animais ser transformada de forma pacifica. comenta a jornalista responsável pele Anda.

Em setembro de 2010, o mergulhador, analista de suporte sénior e dono, ou tutor, como preferem os ativistas, de duas gatas adotadas da rua, Denis Camargo Monteiro, resolveu agir virtualmente sem nunca antes ter participado de movimentos pelo bem-estar animal. A disposição veio depois de assistir a um documentário sobre a policia especializada em maus-tratos contra animais nos Estados Unidos e na Austrália e de receber um pedido, via e-mail, para assinar uma petição para a criação de uma delegacia de proteção aos animais na cidade de São Paulo.

Camargo Monteiro resolveu, então, criar um abaixo assinado virtual por meio do Facebook Causes, que se tomou uma página (www.facebook.com/delegaciaanimal) e que, em meados de julho, já contava com cerca de 220 mil “Curtiram”. Em 15 dias de campanha obteve 50 mil assinaturas.

Nove meses depois, a adesão eletrônica já passava de 138 mil pessoas. “O Facebook deu a essa causa uma exposição ampla, extrapolando aquele público tradicionalmente interessado nos direitos dos animais”, compara Camargo Monteiro. “Não temos ainda uma exata dimensão da abrangência das redes sociais por serem recentes, mas o Facebook já derrubou dois governos”, lembra ele, referindo-se às manifestações ocorridas no Egito e na Tunísia, iniciadas em redes sociais e que logo alcançaram a imprensa mundial. “Muita gente que não vai às ruas protestar está disposta a assinar petições e a mandar e-mails de protesto para empresas e entidades que praticam maus-tratos contra os animais”, pondera o diretor da Peta. “Quem retransmite uma mensagem nossa nos ajuda a aumentar a probabilidade daquela manifestação chegar a quem está disposto a colocar a mão na massa, além de colaborar para que o assunto ganhe destaque e chegue à mídia tradicional e aos políticos”.

Rolo compressor

Cada vez mais é percebida a influência política das redes sociais. Por exemplo, quando o deputado estadual paulista Fernando Capez (PSDB) viu o sucesso da campanha no Facebook em favor da delegacia de proteção animal, convidou Camargo Monteiro para divulgar outra campanha, a de criação da promotoria de defesa dos animais no Estado de São Paulo. Camargo Monteiro topou o desafio.

Uniu as duas campanhas em uma e adotou a estratégia de dar prioridade para a promotoria dos animais. A etapa seguinte será retomar a luta pela criação das delegacias de proteção animal em várias cidades do Estado. “Tanto o governador quanto o procurador-geral e o Ministério Público não vão querer bater de frente com 200 mil participantes de um abaixo-assinado mobilizados por uma causa”, aposta André Zanardo, assessor do deputado Capez. “E nesse tipo de mobilização pelas redes socais as pessoas ajudem a causa animal sem precisar sair de casa.”

Outra mobilização, feita no inicio de junho nas redes sociais Twitter, Facebook e Orkut pela Anda, em conjunto com a Sociedade Olhar Animal e outras entidades de direitos dos animais, conseguiu 21 mil assinaturas contra o projeto de lei 4549/98 da Câmara Federal. Esse projeto, que havia sido arquivado em 2010 e que foi recolocado em pauta pelo deputado federal Carlos Brandão (PSDB do Maranhão), pretende acabar com a criminalização dos maus-tratos aos animais domésticos e domesticados, direito que lhes é assegurado desde 1998 pela lei federal 9.605 (Crimes Ambientais)”.

Em menos de 10 dias, o projeto foi retirado de tramitação. A assessoria de imprensa do deputado Brandão confirma que, por se tratar de assunto polêmico, é necessário um debate mais aprofundado antes de o projeto ir para votação. Ponto para os ativistas digitais que levantaram a discussão.

Êxito não garantido

Tantos casos de sucesso não significam que o uso das redes sociais sempre dá resultado. Não obteve sucesso, por exemplo, um protesto semelhante ao do caso Arezzo iniciado contra outras empresas – a Le Lis Blanc e a M. Officer -, também por uso de pele de animais. A campanha não chegou a ser uma das mais comentadas do Twitter, talvez porque dias antes o caso Arezzo fora debatido exaustivamente ou porque havia outros temas com grande repercussão, como a união homoafetiva.

Mais um exemplo é o do gato Esquilo, do físico Maicon Faria, de Campinas, SP. Assim como Pinpoo, cinco semanas depois do acontecido com o cão, Esquilo escapou em 25 de abril do controle dos funcionários da Gollog, dessa vez numa escala no aeroporto Juscelino Kubitcheck, de Brasília, num voo entre Tocantins e Campinas. Mesmo tendo contado com uma campanha pela sua localização feita pela Arca Brasil, no Twitter, e pela Anda, no Twitter e no Facebook, Esquilo não havia sido encontrado em 20 de julho, quando esta matéria foi terminada.

Denúncia só com provas

Uma vulnerabilidade das mídias sociais é o risco de a imagem pública das pessoas físicas e jurídicas, inclusive das ONGs, ser injustamente denegrida. “O que vale não é o que uma empresa, entidade ou pessoa diz sobre si, mas o que os outros dizem sobre ela”, comenta a diretora de mídias emergentes da HSUS, Carie Lewis.

“Toda denúncia, se não for comprovada, pode acarretar crime contra a honra por calúnia, injúria ou difamação”, alerta o professor de Direito da Universidade Metodista de São Paulo Ayrton Francisco Ribeiro. “Se uma denúncia for divulgada nas redes sociais sem provas, o crime já estará caracterizado.”

A recomendação é que, antes de fazer denúncia, a pessoa se muna de provas, sempre que possível com fotos e/ou vídeos e/ou gravações e registre o caso com as autoridades competentes, como a policia militar, civil ou federal para ser aberto processo investigativo. Em casos como de maus-tratos, infração caracterizada como crime pela lei 9.605, o registro deve ser feito numa delegacia (pode ser de polícia, ambiental ou de crimes ambientais), para se tornar processo judicial.

Quem retransmite acusações injustificadas também pode responder criminalmente por calúnia e difamação, pois contribui para o crime. “O artigo 29 do Código Penal diz que ‘quem, de qualquer forma, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na medida de sua culpabilidade’”, explica Ribeiro.

Em 24 de maio, uma denúncia tomou de assalto o Facebook acusando a loja Mondo Pet, localizada em um shopping da cidade de São Paulo, de deixar os animais à venda expostos na vitrine sem água. A denúncia, que pedia para ninguém comprar na loja, descrevia o desespero de um Labrador que, no dia 12 de maio, latia e arranhava o vidro da vitrine, na tentativa de alcançar a água que estava do lado de fora. Em questão de horas, a notícia se espalhara por parte da rede, mas a Anda não a publicou por faltarem provas e formalização da denúncia junto aos órgãos competentes.

Pessoas que, aparentemente, não tinham relação com a causa animal, se apiedaram dos animais da loja e passaram a compartilhar a informação. O dono da Mondo Pet recebeu telefonemas e e-mails de gente indignada com a denúncia, inclusive de países como Irlanda. Estados Unidos e até Austrália, dizendo que iriam tomar providências e que os donos deveriam estar presos.

A loja, entretanto, se defende dizendo que o maltrato nunca aconteceu. No dia 25 de maio, quando tomou conhecimento da repercussão nas redes sociais, a loja abriu um perfil no Facebook com fotos das vitrines, nas quais são vistas vasilhas de comida e de água. “Recebemos a visita da Policia Ambiental, da Policia Civil e da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, mas não houve constatação de maus-tratos – pelo contrário, fornos elogiados”. diz Marco Antonio Augusti, sócio da loja Mondo Pet. “Tenho uma reputação de 25 anos no mercado, somos considerados uma loja-modelo para quem quer iniciar seu negócio e uma pessoa irresponsável acha que pode jogar meu nome na lama?”, questiona Augusti. “Fizemos um levantamento e 95% das pessoas que retransmitiram essa denúncia foram mulheres entre 18 a 25 anos – elas fizeram uso indevido de ótima ferramenta para divulgação e me deixaram muito decepcionado com o que a rede social pode ser.

Apesar de Augusti ainda não saber se teve prejuízo financeiro por causa do ocorrido, ele pretende acionar judicialmente a pessoa que fez a denúncia. “As medidas legais cabíveis para o casos de difamação serão tomadas”, avisa ele. O Centro de Controle de Zoonoses confirma ter feito uma vistoria na loja em 19 de maio e informa que nenhuma infração foi constatada.

Links

1) Anda – www.anda.jor.br
2) Facebook – www.facebook.com
3) HSUS – www.Humanesociety.org
4) Olhar Animal – www.olharanimal.net
5) Orkut – www.orkut.com
6) Peta – www.peta.com
7) Twitter – www.twitter.com